tag:blogger.com,1999:blog-33056166704526188792024-03-06T06:34:27.843+00:00Gaveta EncantadaUm blog despretensioso que serve de alfândega para depurar a minha vivência antes do arquivo na gaveta das recordações ou da queda no escorrega do esquecimento... e também, para partilhar gostos e prazeres que nos permitam celebrar momentos de cumplicidade!Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-48378289526880128852011-03-21T14:48:00.004+00:002011-04-08T21:21:11.822+01:00Springtime...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEdC8N-F62QJvK1buWh5-tirm_eFSVMz6jnfwdj8EGEBL-VZ62v8EP0hQRsCvz-Z-_72vS9oWQ-1Dd_5akd8B7IpGmiKrrU9FU4sTIFSJOPfAcQY5A3unBlDSD88N9qAt_8HBRtZmeDBM/s1600/flor.JPG"><img style="margin: 0px 10px 10px 0px; width: 320px; float: left; height: 213px;" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5586546326195162322" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEdC8N-F62QJvK1buWh5-tirm_eFSVMz6jnfwdj8EGEBL-VZ62v8EP0hQRsCvz-Z-_72vS9oWQ-1Dd_5akd8B7IpGmiKrrU9FU4sTIFSJOPfAcQY5A3unBlDSD88N9qAt_8HBRtZmeDBM/s320/flor.JPG" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />...has just landed!Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-23937580577298208932011-03-21T00:15:00.008+00:002011-03-21T00:47:42.498+00:00Jackpot!<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9XrIEWpoM1PoJWlgg3HKaXanAN8TiJWdgDjyYezLF8FbIZWzfMTkbdei4-RyuaU2ii7S0J8XVYR8x9J-7ISS2yD28bdehWprEMNalLKBH1QXd51XSf6fPGwV5e6M6nv6zKfNN6ZH2GH0/s1600/trevo.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 204px; FLOAT: left; HEIGHT: 247px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5586321319020176978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9XrIEWpoM1PoJWlgg3HKaXanAN8TiJWdgDjyYezLF8FbIZWzfMTkbdei4-RyuaU2ii7S0J8XVYR8x9J-7ISS2yD28bdehWprEMNalLKBH1QXd51XSf6fPGwV5e6M6nv6zKfNN6ZH2GH0/s320/trevo.jpg" /></a> Parece que esta semana vai haver um <em>Jackpot</em> chorudo e memorável no Euromilhões. E para muitos parece que só assim vale a pena jogar. E eu já pressinto as aspirações compactuantes com Deus e as filas intermináveis nos postos de depósito de apostas. E os balões mentais que denunciam os carros topos de gama, rasteiros e barulhentos, duplexes voltados para o mar, viagens para destinos com água azul turquesa, jóias e todo o tipo de <em>gadgets</em>, o “queria muito mas já me cansei”, a troca do “<em>para quê</em>?” pelo “<em>porque sim</em>!”. E a inveja que se ia fazer aos vizinhos e "amigos" cujos hábitos e pertences se cobiçam. E claro, as eventuais promessas de ir a Fátima se a sorte (?) batesse à porta.<br /><br />Não vivo uma vida asceta. Tenho os meus caprichos e excentricidades. Gosto de conforto e de sabores requintados. Gostava de ter dinheiro na quantia exacta de não ter de me preocupar com o dinheiro. Gostava de patrocinar sonhos em que acreditasse, de seguir sonhos, de ter dinheiro para projectos sociais, promover produtos nacionais, de recuperar ofícios antigos e a sua sabedoria ancestral, de dar dignidade a sem-abrigo e animais abandonados, de viajar sem rumo e sem data certa para regressar. Sei que com o jogo este cenário podia ser alcançável contudo, facilmente desviado ou corrompido.<br /><br />Na verdade raramente jogo. Costumo registar o meu boletim, quando combinações de números vêm ao meu encontro, quando encontro boletins antigos e eu fico sem perceber se é um sinal, se deva ajudar a Vida a mudar o seu / meu rumo. Quando percepciono que não ganhei o tão famigerado prémio sinto um pouco de frustração e muito alívio. Gostava de receber quanto muito, um segundo prémio…o <em>Jackpot</em> nunca!<br /><br />Na verdade, tantas vezes vou vaguear para livrarias quando sei que as respostas estão nos livros que tenho em casa por ler. Tantas vezes o equilíbrio só chega no silêncio. Quantas vezes o que precisamos é unicamente de pele, de olhar e suspirar. Ou de um banho quente, de uma chávena de chá, de palavras balsâmicas e de uma noite bem dormida. De ficarmos sossegados, de permanecermos nos nossos ideias, de não nos dispersarmos.<br /><br />De certa forma, gostava de me ver de batuta a orquestrar uma vida aos meus olhos mais justa ainda que acredite que a verdade nunca está no primeiro olhar, que há uma ordem onde as injustiças fazem sentido. Por outro lado, quero manter os meus rituais; quero libertar-me de responsabilidade social, quero saber que a minha família não corre riscos nem ameaças por motivos financeiros, quero andar sem guarda-costas, não quero correr riscos de ter amigos oportunistas, de analisar investimentos, de ler os livros de instruções de toda a tecnologia que adquirisse, de me materializar. Acima de tudo, não quero ter de procurar sofregamente o foco, o discernimento e clarividência numa dança inebriada e vertiginosa, repleta de estímulos.</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-90945791449903356952011-02-05T13:08:00.001+00:002011-02-05T14:09:01.697+00:00Saudade desmesurada!<div align="justify"><em>...faz hoje dois anos mas parece que foi ontem!<br />Recupero este texto porque acredito que as palavras escritas, (re)lidas e sentidas são uma forma de chegar a Ti!</em><br /><br />Querida Júlia:<br /><br />“Isto não podia ter acontecido…”, “é terrível demais para ser verdade”, “o que vai ser da Barbara e do Eduardo?!” foi o que balbuciei quando fui aturdida às 4 da manhã com uma campainha incessante que anunciava a tua morte. Talvez não ter ouvido o telemóvel fosse uma defesa inconsciente para fazer perdurar por mais uns momentos a certeza de que te tinha entre nós.<br />Pensei que se tratasse de um pesadelo… esperei acordar rápido desse tormento e sentir o alívio e conforto de tudo não ter passado de uma ilusão e poder voltar a dormir… afinal a lógica da vida deveria conferir uma espécie de imunidade, por algum tempo, a quem perde alguém muito querido como nós perdemos, faz hoje 2 meses. Ainda tive esperança de poder ter esperança… mas logo percebi que tinha sido brutal e fatal. A tua morte teve a força que governou a tua vida… afinal de contas, nunca foste de deixar as coisas a meio. Sempre possuíste uma força desmesurada, que te permitia alcançar o que te atrevias a sonhar. E até a Natureza tu desafiaste e fizeste impor a tua vontade... mas fazia-lo por pura convicção, por entenderes que era o teu caminho, a tua verdade e nunca, por teimosia, arrogância ou competitividade… aliás, as tuas vitórias nem sempre eram anunciadas por ti…<br /><br />Na verdade, orquestraste a tua vida, como se tratasse de uma bela melodia… controlavas o tempo, as palavras, as acções e as coisas apareciam feitas como por actos de magia e sem qualquer esforço… nos últimos tempos descobri em ti uma outra qualidade: a sensatez, pois apercebi-me que os teus pontos de vista eram ponderados, exímios e com grande sabedoria… Ao mesmo tempo, a tua energia exaltava de ti de forma vibrante e nada ficava indiferente à tua passagem… e por isso, ás vezes dizíamos em jeito de brincadeira, que eras um perigo para fazer certos trabalhos mais delicados e chamávamos-te “espalha-brasas”. Também te chamava “<em>terror da capoeira</em>” pois se fosse preciso entravas por ali dentro de faca em punho e matavas as galinhas que fossem necessárias para sustentar a família por uma temporada… e eu dizia que as galinhas quando te viam, pressentiam a morte com a imagem do esqueleto de capuz negro e foice na mão… e mal eu sabia que ela ia chegar até ti tão em breve…<br /><br /><br />Contigo aprendi que se pode ser guerreira e feminina ao mesmo tempo… as vezes notava em ti uma certa aura muito subtil de vaidade, que realçava o teu poder feminino… Em ti, vi a Deusa Atena pela sabedoria, inteligência e racionalidade (às vezes, camuflavas as tuas emoções) e que permitiu realizares-te profissionalmente… mas também encontrei a Deusa Deméter pelo teu instinto maternal, pela forma doce e exemplar como cuidavas dos teus filhos… e que te fez sentir realizada como esposa e Mãe.<br /><br />E também eles e o pai estão a ser corajosos… estão a sofrer desmesuradamente, em silêncio, estão a tentar aceitar esta verdade tão atroz mas certos de que a tua curta existência valeu pena, ainda que a dor da tua partida seja dilacerante. De certo modo, sentem a responsabilidade de agir com a bravura que lhes contagiaste… A “irmã”, disse-me que Deus que lhes pegou pela mão… e eu quero acreditar que sim… que terão a protecção de Deus, a tua protecção… e garantidamente o nosso Amor.<br /><br />Nos últimos tempos, acho que ambas sentimos uma necessidade de reaproximar a família… e por isso celebrávamos acontecimentos como a vindima, a apanha da azeitona, a ida às pinhas, como momentos únicos para partilharmos a alegria de estarmos juntos e tentarmos descobrir em que nos tínhamos tornado neste tempo que passou sem darmos por ela… O último Natal, que se avizinhava irremediavelmente triste, foi vivido com reverência, pois ao partilharmos a dor de não termos a Belita entre nós, partilhámos também a alegria de ainda nos termos e sentimos profundamente a falta que cada um nos fazia e por isso, arrisco a dizer que até foi mais intenso comparado com anos anteriores… O ritual de fazermos filhós e de irmos juntos às couves para a consoada ficará para sempre marcado pela tua ausência… restam as fotos, as lembranças e os planos desfeitos… e eu já sinto uma saudade infinita e uma vontade descontrolada de voltar atrás no tempo.<br /><br />O teu coração, de viver tão intensamente, cansou-se e parou. Para mim, ele traiu-te pois nunca te advertiu para abrandares o ritmo ou teres cuidado… sei que terei de aceitar… mas primeiro, preciso de reviver cada momento que passamos juntas e lembrá-los até à exaustão… custa-me muito não me ter despedido de ti e de não ter desfrutado mais da tua companhia tão valiosa… por isso deixo-te estas palavras com a esperança de que as possas ouvir e sentir.<br /><br />As vezes penso que se a tua última frase no MSN foi “a neve acabou, a recordação ficou…” e se nevou antes do teu funeral, se fez Sol no decorrer do cortejo e voltou a nevar quando terminou… é porque há qualquer coisa de divino em tudo isto e certamente, estarás em sintonia com o Universo…<br /><br />Em nome de ti, pelo que foste, pelo que representaste para mim, tentarei perseverar o teu ser na tua obra mais valiosa, a Barbara e o Eduardo… serás sempre um exemplo a seguir e uma fonte de inspiração! Obrigada… nunca te esqueceremos!</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-81895691530056601612010-12-30T19:26:00.032+00:002011-03-21T00:25:33.141+00:00Quando o Inverno Chegar...<div align="justify"></div><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtGIR2Suq-9F-gTtcPNf1oDN96m0RoqldYXC-ZZgkb-6410-H8cRVNuI7HGaM1qDLYicuAw8cUrVpaL4VClVpIXWngIf-bfvCpq6i7UV3o8UnqC0vJvRI-Kv_p1TpA5sdkyXx9m8DWUzY/s1600/DSC_0819.JPG"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; FLOAT: left; HEIGHT: 213px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5556559587001016978" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtGIR2Suq-9F-gTtcPNf1oDN96m0RoqldYXC-ZZgkb-6410-H8cRVNuI7HGaM1qDLYicuAw8cUrVpaL4VClVpIXWngIf-bfvCpq6i7UV3o8UnqC0vJvRI-Kv_p1TpA5sdkyXx9m8DWUzY/s320/DSC_0819.JPG" /></a></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br />...na verdade já se instalou! É tempo de recolhimento! De ficar em casa, de procurar uma lareira, de procurar a "felicidade do quentinho" entre um chá e uma manta, na companhia de um livro cúmplice... acima de tudo é tempo de permanecer, de suportar as agressões mantendo a nossa beleza! O calor dos dias chegará! É inevitável...</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-75043648529301693782010-12-21T21:00:00.007+00:002010-12-21T21:08:40.760+00:00Este Outono que encerra...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHMcyMFM1mwqmI6HakP0hAH-HTyfYhdNmHuTzITgF_N_SxhtNSd7CsBxEQPZuOr128a3WZ5NrxamZXO3DGHsytiWgzdv4FLhYUzlU_uW55DAc6be-5Cu6tmyaVVHuDQ8el07cRC1DhyPU/s1600/DSC_0690.JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5553243658021578818" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHMcyMFM1mwqmI6HakP0hAH-HTyfYhdNmHuTzITgF_N_SxhtNSd7CsBxEQPZuOr128a3WZ5NrxamZXO3DGHsytiWgzdv4FLhYUzlU_uW55DAc6be-5Cu6tmyaVVHuDQ8el07cRC1DhyPU/s320/DSC_0690.JPG" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Não sei se olhei para este Outono que hoje encerra, como se fosse a primeira.. ou como se fosse a última vez!<br /><br /><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify">Sei que foi especial...</div><div align="justify"></div><div align="justify">e sei que terei de preservar sempre... a frescura do olhar!</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-32789537288192815282010-12-08T16:59:00.018+00:002010-12-09T11:46:45.533+00:00O Lado Luminoso da Crise<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipNdqusuIZSglhlHpWoEGfRAfTzpJDvkrzrksNsO9_3nsYTJg6OfSVjyWt6sBlm-PVeyrittj0RoBAomzZoLfwWSLbTAUiSX7KsKK1t4IPS8dCEmxk3cPOBkUPpLmUJyP7Xw8omFfbbR8/s1600/impossible.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548360648695954930" style="FLOAT: left; MARGIN: 0pt 10px 10px 0pt; WIDTH: 200px; CURSOR: pointer; HEIGHT: 166px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipNdqusuIZSglhlHpWoEGfRAfTzpJDvkrzrksNsO9_3nsYTJg6OfSVjyWt6sBlm-PVeyrittj0RoBAomzZoLfwWSLbTAUiSX7KsKK1t4IPS8dCEmxk3cPOBkUPpLmUJyP7Xw8omFfbbR8/s200/impossible.jpg" border="0" /></a><span style="FONT-STYLE: italic">Antes de avançar, tenho de ressalvar que todos os efeitos da crise com alerta vermelho, com agregados familiares a passarem fome, sem emprego, sem rumo, sem estrutura e sem ferramentas para reagir estão excluídos deste post e são tratados por mim com a devida seriedade e solidariedade (dentro do que me é possível)! O que aqui se propor retratar é, acima de tudo, a mudança de hábitos e a alteração do quadro de referências de quem sentiu o abalo mas ainda não perdeu o controle…</span><br /><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br />Aguardo com alguma expectativa a chegada da crise… aliás, a crise já deu o ar da sua (des)graça mas decerto que o seu efeito corrosivo ainda vai só no início.<br /><br />Aguardo, porque é inevitável. Quanto mais rápido melhor. E na verdade, não suporto momentos de transição. Uma vez atingido o limite com o pior dos cenários sabemos que é o ponto de partida para a atingir a recuperação. É uma espécie de “tudo para o abismo” para a seguir ocorrer a sua transmutação.<br /><br />E enquanto permanecemos algo muda, tudo muda. A nossa percepção. Os preconceitos. As convicções. A nossa verdade. A vida.<br /><br />A crise é uma viagem ao essencial. É um fogo purificador que por onde passa dizima…destrói, leva as nossas coisas sem pedir licença, deixando-nos no imediato com um cenário desolador, a preto e branco.<br /><br />A crise rouba-nos o controle.<br /><br />Sacode-nos!<br /><br />Dizem que é cíclica. Talvez seja uma forma que o Universo arranjou para nos ensinar a lição do desapego.<br /><br />No tempo preliminar, fingimos que não a vimos, que não era dirigida a nós… ostentámos os nossos cartões de crédito em tom desafiante como se nos conferissem uma espécie de imunidade. Como se se tratasse de um atalho ou de uma solução milagrosa para a transpor.<br /><br />Ela foi paciente, ganhou força e agora será implacável.<br /><br />Mas ainda assim, na rendição encontro beleza, profundidade e alternativa. Senão, vejamos os verbos que materializam a jornada para suportar a crise:<br /><br /><br />*Consertar* Seleccionar* Ajudar* Partilhar* Aconchegar*<br /><br />*Criar* Recuperar* Trocar* Cuidar* Superar*<br /><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Consertar</span><br /><br />Com a varinha de condão do poder económico o que outrora se substituía rapidamente ao mínimo sinal de fraqueza, agora olha-se novamente, procura-se entender, procura-se dar uma segunda oportunidade. Até damos vida a móveis e objectos esquecidos.<br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Seleccionar</span><br /><br />Com a crise, apuramos as nossas escolhas, aprendemos a separar o essencial do supérfluo, exploramos as razões, escutamos as nossas motivações, enfrentamos as verdadeiras necessidades que pretendemos preencher… uma espécie psicanálise antes de chegar à caixa. E ficamos mais livres do que abdicamos!<br /><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Ajudar</span><br /><br />O Banco Alimentar da Luta contra a Fome atingiu valores históricos num ano em que os portugueses se encontram financeiramente tão debilitados. Porque o verdadeiro conceito de dar passa não por prescindirmos do excedente mas de algo que também nos é essencial. Ficámos mais humanos, mais atentos à realidade do outro, às suas necessidades. O nosso coração ficou mais comovido, mais generoso.<br /><br />Por outro lado, começamos a deixar o orgulho de lado e ganhamos a coragem de voltar a proferir as palavras tão difíceis de verbalizar “peço-te ajuda”.<br /><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Partilhar </span><br /><br />Nesta jornada, voltamos a ter o comportamento de quando éramos estudantes… partilham-se livros, conhecimentos, ferramentas, música, filmes, roupas, boleias… E como diz o meu amigo T<span style="FONT-STYLE: italic"> “ as coisas boas partilhadas não se perdem, ampliam-se”.</span><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Aconchegar</span><br /><br />Com a crise, aconchegamo-nos em casa. Sentimos protecção e conforto. Abrandamos o ritmo. Lêem-se livros que ainda se encontram intactos muitos deles adquiridos nos tempos áureos. Temos tempo para aprender. Arrumam-se armários (e desfazemo-nos do que já não nos move), gavetas, organizam-se fotografias, bilhetes e recordações, colocam-se etiquetas, experimentam-se novas receitas. Renova-se a disposição dos móveis. Damos espaço para o novo que um dia há-de vir. Vêem-se e revêem-se filmes indispensáveis. Contactam-se amigos menos frequentes.<br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Criar</span><br /><br />Para enfrentar a crise, tornamo-nos contorcionistas de vida, inventamos receitas com restos de comida, arranjamos novas oportunidades de negócio (como aquele senhor desempregado que começou a vender almofadas terapêuticas de caroços de cereja), deixamos a descoberto o nosso potencial criativo. Fazemos bricolage. Deixamos de comprar e inventamos soluções. Semeamos plantas aromáticas na varanda. Descobrimos dons.<br /><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Recuperar</span><br /><br />Na procura de soluções voltamos a ouvir os ensinamentos ancestrais. Experimentamos <span style="FONT-STYLE: italic">mezinhas</span> utilizadas pelas nossas avós. Fazemos alquimia. Trocamos o químico pelo biológico, os refrigerantes pelo chá. Deixamos de ir a centros comerciais e preferimos ir a feiras e mercados, pela manhã. Fazemos piqueniques e longos passeios a pé. Descobrimos o nosso país.<br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Trocar</span><br /><br />Trocamos toxicidade por depuração. Trocamos bens ou serviços sem a presença do elemento pecuniário remontando ao período troca por troca. E desejamos encontrar a roda da fortuna.<br /><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Cuidar</span><br /><br />Sob o signo da poupança, abranda-se o consumo. Produzimos menos resíduos. Esprememos embalagens. Preferimos chávenas de vidro em vez de copos de plástico. Levamos sacos para o super-mercado. Poupamos água, luz e recursos. As pessoas optam por transportes públicos outras, aderem ao <em>car-sharing.</em> As nossas deslocações são ponderadas. E quando damos por ela, estamos envoltos em práticas ambientais. O ambiente agradece!<br /><br /><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold">Superar</span><br /><br />Nas reportagens a que tenho assistido acerca do tema, considero notáveis os casos “de dar a volta por cima” com uma grande dose de sacrifício pessoal tal como os casos de queda, com a cara a descoberto. Pessoas que um dia tiveram uma vida faustosa num mundo de ostentação, muitas à custa do seu próprio trabalho e que se afundaram. E deixarem de o mascarar e, acima de tudo, assumi-lo publicamente, revela nobreza de alma e a certeza de que essas pessoas foram talhadas para o sucesso.<br /><br /><br />Na verdade, a vida é uma peça de teatro sem direito a ensaios. E podemos ficar apegados ao cenário ou viver a nossa história com os papéis que nos são atribuídos, quer sejamos protagonistas ou não. Viver é explorar a sua realidade com a certeza de que seremos melhores pessoas quanto maior e diversificado for o espectro de emoções percepcionadas, exploradas, sentidas e vividas.<br /><br />E depois um dia partimos, apenas com a bagagem do coração. Tudo o que deixamos, tudo o que restou de nós, como diz o <span style="FONT-STYLE: italic">José Luís Peixoto</span>, agride quem nos amou. Torna-se difícil de arrumar. Tudo o que justificou lutas incessantes, dor, esforço, sacrifício, orgulho e até discussões permanece intacto, às vezes ao abandono e a ganhar ervas daninhas, a desafiar uma existência maior em comparação ao nosso prazo de validade.<br /><br />Em última instância, resta-nos a fé, a esperança, a certeza de uma ordem maior que equilibra e sabe o que faz… e também o consolo das palavras sábias do <span style="FONT-STYLE: italic">Khalil Gibran</span>… “<span style="FONT-STYLE: italic">onde escavar a vossa tristeza caberá a vossa alegria”</span>.</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-43795026452440001422010-12-08T16:50:00.008+00:002010-12-08T20:07:29.655+00:00O Sol da Meia-Noite!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5iSCFDJyp2gaOI1tnpri1Pe4Wa_Qm6IRIpzPapgW3ycCw2BT5wwmzRrLHILpIEDHGLjhJrZZA_JrjtEmL-ktDHX01r9JUvBloTrRpeYLWXpg7ElSXGfdk92OZFvoaYILYn-yozmNU5Mg/s1600/sol.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 141px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5iSCFDJyp2gaOI1tnpri1Pe4Wa_Qm6IRIpzPapgW3ycCw2BT5wwmzRrLHILpIEDHGLjhJrZZA_JrjtEmL-ktDHX01r9JUvBloTrRpeYLWXpg7ElSXGfdk92OZFvoaYILYn-yozmNU5Mg/s200/sol.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548356292471088722" border="0" /></a>A noite traz palavras de silêncio, sussurros, murmúrios, promessas e convites inevitáveis que se desfazem com o nascer do dia que nem algodão doce na boca…<br /><div style="text-align: justify;"><br /><br />A noite ousa e pousa sobre nós o véu da sensibilidade<br /><br />Dá-nos doçura…<br /><br />Criatividade<br /><br />Foco, concentração<br /><br />Leva-nos a dançar!<br /><br />A noite exalta, depura, amplia… mas a escuridão instalada pede aconchego e recolhimento!<br /><br />A noite faz chorar o que o dia faz congelar.<br /><br />Torna as pessoas mais bonitas!<br /><br />À noite, apenas brilha o que tem luz… enquanto as sombras se densificam e ficam sinuosas.<br /><br />À noite, descobrem-se caçadores e seguidores de estrelas que pedem orientação e clarividência.<br /><br />As acções têm eco, têm impulso, têm força, têm purpurinas, têm volúpia...<br /><br />E por isso, há gestos, conversas prolongadas, mensagens trocadas, poemas, notas soltas, livros, músicas, verdades e segredos que só se podem revelar à noite. A luz do dia crua e racional ser-lhes-ia letal.<br /><br />Acredito que nos países nórdicos em que os dias e as noites são adquiridos por atacado, seja mais fácil carregar as baterias e dar ritmo ao coração, para o colocar por um longo período a trabalhar… a partilhar, vibrar, amar, pedir desculpa e perdoar.<br /><br />Talvez o avulso dos dias, nos dê instabilidade… a alternância incessante entre o dia e a noite deixa-nos inquietos; não nos deixa permanecer…<br /><br />Às vezes quero prolongar o dia…<br /><br />Às vezes quero prolongar a noite…e nestas alturas sinto saudades de ouvir o meu Pai perguntar à minha Mãe se fazia serão… ou a combinar o que seria feito ao serão… e o serão parecia um tempo suspenso entre o jantar e a hora de dormir, que durava o tempo que se quisesse… e por isso havia tempo para conversar, para ler, ver televisão, para ouvir o que o meu Pai escrevia... Às vezes nos serões de sexta-feira, colocava-se um lençol branco na parece e até víamos <span style="font-style: italic;">slides </span>projectados que não nos cansavam de tanto os vermos vezes sem conta.<br /><br />A noite é o Inverno dos dias… que pede protecção e o calor de uma lareira…<br /><br />…ainda que eu também goste das noites quentes de Verão… só é pena que já não encontre pirilampos e já não salte as fogueiras nos Santos Populares.<br /><br />A noite não me deixa adormecer…<br /><br />Porque a noite… destapa e desperta memórias!</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-62337448855144748172010-12-08T16:33:00.004+00:002010-12-08T19:53:37.852+00:00Dignidade!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEFIyOuUdLEsOLjQrlt1nmEwYzkFY1XfWahOOuPGR9vIF-vgWWTsXzjGVGcJb2FU9jDxvZp9Gxuhkiz2J5jAc2X7nMqx50GaxAOKHJ9qQSyxDXBHw2A1Am-Kl4DMbEWB86uwCfI4ktr4c/s1600/Dignidade.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 400px; height: 266px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEFIyOuUdLEsOLjQrlt1nmEwYzkFY1XfWahOOuPGR9vIF-vgWWTsXzjGVGcJb2FU9jDxvZp9Gxuhkiz2J5jAc2X7nMqx50GaxAOKHJ9qQSyxDXBHw2A1Am-Kl4DMbEWB86uwCfI4ktr4c/s400/Dignidade.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5548353466088903938" border="0" /></a><span style="font-style: italic;">A minha fotografia intitulada "Dignidade" ficou em primeiro lugar no concurso de fotografia "Justiça Social no Concelho de Loures".<br /><br />Confesso que nunca pensei ser possível ganhar um foto desprovida de "maquilhagem". Não houve prémio até porque na sua essência é um "empurrão" e não, uma consagração!<br /></span>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-58346718572090322772010-11-20T23:54:00.007+00:002010-11-21T17:19:57.768+00:00Facebook - A teia social!<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI24mjmwNEpzXnLm-uvlCd3UffhemdVZDCLFfGjbApQqKv74UDhjQ8iXsnOqJH4sP1uiz9RaH6eBYJgT42jpndfWEqL41f0g37Jh0xHy7porC1YhZ1Fay5pGUT081vuv3ForE1Xr7cpgU/s1600/teia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5541785480974081570" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 118px; CURSOR: hand; HEIGHT: 118px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjI24mjmwNEpzXnLm-uvlCd3UffhemdVZDCLFfGjbApQqKv74UDhjQ8iXsnOqJH4sP1uiz9RaH6eBYJgT42jpndfWEqL41f0g37Jh0xHy7porC1YhZ1Fay5pGUT081vuv3ForE1Xr7cpgU/s200/teia.jpg" border="0" /></a> Bom, confesso que tenho de vir aqui partilhar a correr estas palavras antes de ser influenciada pelo filme “A Rede Social”. É certo que já muito dissertei acerca de vantagens e inconvenientes sobretudo na fase de resistência… na fase em que os influenciadores me faziam crer que se eu aderisse havia a promessa de contactos mais frequentes como se estes dependessem da facilidade e não da vontade. Costumava ripostar… <em>“tenho o telemóvel ligado 24 horas e sou das pessoas que ainda gosta de receber cartas e postais de Natal!”</em> .<br /><br />No tocante à fase de adesão ao <em>Facebook</em> li algumas crónicas no<em> </em>jornal<em> i</em>, do <em>Edson Athayde</em>, que me deliciaram e que até ao momento considero que foram as que melhor souberam retratar esta “virtualidade”.<br /><br />Estando ciente dos riscos, ciente da minha vontade e não querendo amolecer perante as pressões mas também não querendo “enrijecer” com as minhas convicções… decidi aderir à experiência, afinal há sempre um prazo estipulado pela lei para anular os contratos e também aqui seria possível reverter facilmente a situação.<br /><br />Ao início, na primeira semana, analisei a coisa como se tratasse de um objecto de estudo… e decidi investigar cada recanto. Sim, fui um bocadinho cusca… vi os amigos dos amigos, as fotos dos amigos, os álbuns de férias, os comentários entre amigos, os colegas-amigos, os amigos do chefe, os amigos (colegas) do presidente... Ao fim de uma semana estava cansada, vazia, tinha menos horas de sono e, uma vez saturada da vida dos outros, regressei à minha. Percepcionei uma teia invisível que envolve as relações expostas, que permite viver uma espécie de <em>second life</em> com acções à distância de um <em>click</em>… afinal, há pessoas que pedem amizade (soa tão estranho esta expressão e no mínimo, é pueril) mas que depois baixam os olhos quando se cruzam connosco… e eu, nestes momentos, lembro-me da inconsequência dos brinquedos para crianças cheios de botões… e constato que também os adultos têm os seus brinquedos cheios de botões… mas estes dão choque, movem acções, consciências, percepções e ilusões.<br /><br />Comecei a receber convites, dos amigos, potenciais amigos, conhecidos, de ex-amigos, colegas, de ex-colegas, exes e futuros qualquer coisa… e actualmente, por mais que queira travar o contador da amizade virtual, mesmo excluindo quase sempre pessoas desconhecidas (também os dados do perfil da pessoa fazem com que as coloque excepcionalmente à experiência durante 15 dias) torna-se difícil recusar o colega do lado que vai interiorizar a nossa recusa com animosidade tal como enfrentar o constrangimento do parente afastado que enxotámos, ao reencontrá-lo num almoço de família (mais alargado). E quando se começa a perder o controlo da plateia tem que se o recuperar na superficialidade dos <em>posts</em> que partilhamos (sim, eu sei que existem filtros, mas não me parece que vá dedicar tempo a fazer essa gestão).<br /><br />Percebi que seria inevitável permanecer…<br /><br />Apercebi-me que se tornou um hábito, que se gasta tempo valioso (não, não dá para suavizar com a palavra “investe”) e que a sua consulta é um impulso antes de iniciar algo… é como ir ao café do bairro, pela manhã, à hora de almoço, no final do dia e sempre que possível… já faz parte, não se questiona… E o botão <em>refresh</em> torna-se na habitual pergunta “então e novidades?!” (felizmente não nos devolve “Só no Continente”, valha-nos isso!) e fazemos tantos <em>refreshs</em> quanto queremos novidade na nossa vida.<br /><br />Ao navegar pelo <em>Facebook </em>há cerca de um ano, com alguns mergulhos, não posso deixar de partilhar o que avisto nas profundezas ou na espuma, à superfície!<br /><br />Para começar, acho sempre piada ao <em>random</em> da selecção de seis fotografias retiradas do álbum dos amigos… O acaso leva a que se consiga misturar as fotos dos homens do passado, lado a lado, alinhados e todos direitinhos, que nem a página da necrologia do coração, numa coexistência pacífica como se tratasse de um quadro de honra, ali… serenos, sem se “engalfinharem” uns com os outros. Passado e presente misturam-se, como num medley das nossas vivências, uma amálgama de histórias que nos move, moveu e comoveu… com tanto de engraçadas como de esgotadas.<br /><br />Depois, há a necessidade de bloquear tudo o que sejam jogos virtuais, restaurantes, quintas, aquários, beijos e abraços virtuais… Cheguei a pensar que seria bom ficar viciada numa destas coisas, pois decerto que treinaria a minha disciplina, organização e gestão de tempo mas nunca me aproximei destas zonas pantanosas. Quando aderi andava tudo louco a pedir pregos e tábuas para celeiros, a emprestarem tractores uns aos outros e eu, que acalento o sonho de ter uma horta e um jardim bem reais, questionava-me se estas acções não iriam influenciar as pessoas a quererem ir viver para o campo ou simplesmente a plantarem uma horta na varanda. Percebi rapidamente que não! Como certas pessoas só estavam no <em>Face </em>para estas celebrações ou para falarem de futebol, foram logo desviadas da auto-estrada dos <em>posts</em>.<br /><br />Na <em>red carpet</em> do Facebook passa de tudo…<br /><br />Palavrões disfarçados por caracteres especiais (ou não), estados de espírito que pedem colo, reticências, citações invasivas da Bíblia, citações invasivas do Alcorão, mensagens sinuosas e tenebrosas, desabafos, dúvidas, inseguranças, <em>teasers</em> que nunca se revelam e ainda afugentam quem tenta descobrir o enigma, mensagens subliminares quase sempre a indicarem o oposto, mensagens preliminares, tratados de amizade, provas públicas de amor, barómetros de vida social (tipo, “<em>if</em> estou sempre em festa rodeado de amigos sorridentes <em>then</em> sou automaticamente feliz!”), recados para <em>exes</em>, agendas diárias escancaradas (“’tou aqui e depois vou ali e esta informação é indispensável para a vossa sobrevivência”), posts crónicos bazófias (as demonstrações de grandeza não são esporádicas para fazer uma invejazinha saudável aos amigos, reunir uma meia dúzia de comentários provocadores, aumentar o deleite e seguir em frente… Não! Há certas pessoas que só aparecem para cumprirem este propósito!).<br /><br />Às vezes, o lixo mental que corrói os nossos pensamentos e que nem sempre é verbalizado… é varrido directamente para a rua do Facebook.<br /><br />…Há os que consultam horóscopos, recebem respostas tontas e que ainda as partilham como se tivessem encontrado a Pedra Filosofal!<br /><br />Neste percurso, encontram-se também os utilizadores tipo “fiscal da ASAE”: raramente se vêem no <em>Face,</em> aparecem de rompante, deixam uma série de comentários e voltam a desaparecer, sem sequer nos darem tempo para reagir…<br /><br />Há ainda uns mais matreiros, a que eu designo por “camuflados”… como nunca deixam uma ar da sua (des)graça ao publicar um <em>post</em> ou a fazer um comentário deduz-se que estão bem longe da lida do <em>Facebook</em> mas, na verdade, estão muito atentos, a observar milimetricamente todos os movimentos e até estão munidos de binóculos!!!<br /><br />…Assim, é preciso pegar numa escumadeira para retirar as músicas que podemos vir a conhecer, reconhecer, ou as que nos deixam numa <em>jukebox</em> imaginária, as citações, os eventos que poderiam escapar, as curiosidades, os pensamentos, as cumplicidades, os insólitos que nos fazem rir e sorrir, as mensagens tardias consoladoras, a partilha de gostos comuns, os comentários balsâmicos e terapêuticos que tornam certos momentos menos dramáticos, as fotografias que nos inspiram e nos movem, os amigos resgatados do passado que faz sentido trazer para o presente…<br /><br />... Às vezes, quando ando pelo <em>Face</em>, sinto que caminho sobre brasas, que há esconderijos que não se devem espreitar, mas também me sinto a voar de balão ou ter a emoção de uma feira de diversões…<br /><br />Estando ciente que também eu possa usar ou cair de vez em quando, consciente ou inconscientemente, nas armadilhas do Facebook, tenho o lema de que… um <em>post</em> ou deve acrescentar algo à vida das pessoas ou arrancar-lhes um sorriso! E tudo à distância de um <em>click</em>! </div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-27182443886151377442010-10-08T01:10:00.011+01:002010-10-08T20:42:21.754+01:00T Moments...<div align="justify"><em><span style="color:#33cc00;"><span style="color:#33cc00;">"<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Dear</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Diary</span>... <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">last</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">week</span> I <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">finally</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">met</span> T for <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">the</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">first</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">time</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">in</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">person</span>... <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">Well</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">it</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">was</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">not</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">the</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">first</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">time</span>, <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">but</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">it</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">was</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">the</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">first</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">that</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">really</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">mean</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">something</span>!"</span> </span></em><br /><em></em><br />Bem, vou confessar-te… já te tinha vislumbrado antes nessa noite! Enquanto esperava pela confecção do meu <em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">temaki</span> </em>de salmão no <em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">Go</span> Natural</em>, vi-te cirandar a zona, impaciente pela espera dos teus amigos, numa <em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">sweet</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">version</span></em> “<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">leãozinho</span> a passear na jaula”. E depois, de tanto tempo de espera, depois da inevitabilidade daquele momento que o destino impôs, não quis que a nossa 2ª oportunidade fosse precipitada por um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">pstttt</span>…T! E por isso, limitei-me a esperar, a sorrir, a observar-te, a comentar “ele já anda aí” e a reparar que estavas com uma camisa aos quadrados!!! Lembras-te da nossa conversa?! :-) Efectivamente os botões não estavam todos abotoados, nem tu tens ar de <em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">nerd</span>!</em> ;-)<br /><br />Depois, quando nos encontrámos, quando senti a tua presença com o teu abraço, quando os meus olhos procuraram todos os pontos de focagem… concluí que na realidade, tens ar de um valente <em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">gorgeous</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_35">british</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_36">guy</span>!!!</em> :-) E porquê? Não sei bem se vou conseguir explicar… pela brancura da tua pele, pelo teu porte, pelo teu ar “<em><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_37">polite</span></em>” com uma pitada de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_38">aristocracia</span>... uma espécie de T Dor(<span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_39">ian</span>) <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_40">Gray</span> que apenas exala beleza sem ser psicopata! :-) Quando se olha de relance, adivinha-se um ser de ar rebelde e atrevido como já tinha constatado em fotos mas a surpresa foi que, olhando com atenção, descobre-se em ti um ar doce, terno, meigo e uma voz suave… que disfarça a acutilância das tuas palavras escritas. E assim, ao contrário do Jorge Palma eu encontrei uma "cara de anjo bom"! :-)<br /><br />E quando finalmente “permanecemos” por alguns minutos, eu imaginei uma ampulheta gigante a demarcar o tempo de sincronização de todas as nossas conversas sem rosto, com toda a informação acumulada ao longo deste meses ou até mesmo anos! Sim T, deixaste de ser virtual… és real! ;-)</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-49522947946796133962010-10-08T00:25:00.015+01:002010-11-21T01:04:12.724+00:00A Beleza<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8JGMBxcV74V44bYLRIYftNAODyZAih1EONgn2e0FQzKzh7LH4V6FHTN-LmXCY3KLiU5La_DOK2YRogud9wPOfl_vy0bp77U_J6oa7JUUC-_W4PMY8hs4Vs0znMNxkxhKwFeP-Wm7lrBI/s1600/cogumelo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5525452965595292210" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 134px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8JGMBxcV74V44bYLRIYftNAODyZAih1EONgn2e0FQzKzh7LH4V6FHTN-LmXCY3KLiU5La_DOK2YRogud9wPOfl_vy0bp77U_J6oa7JUUC-_W4PMY8hs4Vs0znMNxkxhKwFeP-Wm7lrBI/s200/cogumelo.jpg" border="0" /></a> Desconfio da beleza como quem desconfia de vendedores de camisa amarela, colete, pasta debaixo do braço e gestos abertos.<br /><br />A beleza traz pontos de avanço agarrados<br /><br />É uma armadilha onde se quer cair<br /><br />A beleza incita, inebria…<br /><br />Enfeitiça.<br /><br />Desarma.<br /><br />Manipula.<br /><br />Seduz.<br /><br />Condena.<br /><br />Prenúncio de submissão<br /><br />Impõe e pressupõe rendição<br /><br />A beleza apresenta-se com simetria de formas<br /><br />Tem sorriso de criança e olhar penetrante<br /><br />Que nos faz acreditar estarmos na presença de Anjos<br /><br />que apelam à bondade e protecção<br /><br />que nos fazem acreditar na inevitabilidade da felicidade<br /><br />perante a sua presença e radiância…<br /><br />Mas estes anjos apenas nos conduzem para labirintos<br /><br />Para correntes de água subterrâneas<br /><br />Terrenos áridos<br /><br />E descampados ventosos<br /><br />E por isso, quando vejo uma pessoa bonita<br /><br />Desconfio<br /><br />Recuo<br /><br />Desactivo a sua beleza aos meus olhos<br /><br />Procuro objectividade e verdade<br /><br />E não me deixo dispersar!<br /><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>Nota: Beleza é a substância que Joseph Fiennes exala no filme "Killing me Softly" enquanto aguarda no semáforo pelo sinal verde para avançar (com a sua história)!</em></div><div align="justify"></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"></div><div align="justify"><embed style="WIDTH: 367px; HEIGHT: 310px" src="http://www.youtube.com/v/5oYGo1zSJl4?fs=" width="367" height="310" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" hl="pt_BR"></embed></div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-79928437637191170862010-04-25T14:06:00.016+01:002010-10-08T02:44:47.339+01:00O dia do teu aniversário!<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-6jkuhN_HvVgnYlODdT6C8SjmsU6uWS2MaaDR2L79DrFkBBMgdwH4EL9BPNqfE7uEC3McvaT9okCm_KbJwrfFduos7RT_UdvumVd9Ca5VMNR4kYTkPqp3yA7TKZvFhw21w1EIHMurCtk/s1600/tia.bmp"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464063380446670946" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-6jkuhN_HvVgnYlODdT6C8SjmsU6uWS2MaaDR2L79DrFkBBMgdwH4EL9BPNqfE7uEC3McvaT9okCm_KbJwrfFduos7RT_UdvumVd9Ca5VMNR4kYTkPqp3yA7TKZvFhw21w1EIHMurCtk/s200/tia.bmp" border="0" /></a> <em>Apesar de não estares fisicamente entre nós, não posso deixar de lembrar o dia em que celebravas o teu aniversário... simplesmente porque invoca o momento em que tudo começou e que permitiu fazeres parte da minha vida... Por isso partilho o texto que te escrevi e que releio muitas vezes como forma de matar saudades... e a tua fotografia que assinala o início de um processo doloroso e irreversível, vivido com muito Amor e dedicação!</em> </div><div align="justify"> </div><div align="justify"><span style="font-size:78%;">(Foto tirada no dia que fomos saber o resultado da 1ª ressonância magnética - 07/09/07)</span><br /></div><div align="justify">Querida Belita!<br /><br />Há uns dias atrás, estava sentada no sofá, com a televisão ligada mas alheia, a pensar em ti… e uma frase veio ao encontro a mim e que dizia: <em>“Não chores porque acabou mas sorriu porque aconteceu…”</em>. E ainda que a dor de te perder seja dilacerante e o consolo não chegue através de uma frase feita, fui obrigada a sorrir e sobretudo a agradecer o privilégio de teres feito parte da minha vida…e fazendo agora a retrospectiva da tua vida…acho que ambas sabemos que valeu a pena!<br />Querida tia, como hoje reconheço a bravura do teu ser, a tua eloquência, a tua determinação, o teu amor por nós, a coragem para seguires o instinto do teu coração…<br />Sei que tiveste períodos difíceis, de introspecção, de tristeza… que afinal fazem parte da vida… mas sei também que em nenhum momento a tua alma deixou de revelar a sua grandeza e o teu poder feminino…<br />E plantaste um jardim como forma de expressão, deste vida a móveis antigos, deliciaste-nos com receitas novas que te atrevias a experimentar ou com os pratos e doces saborosos a que já nos tinhas habituado… a propósito, os biscoitos que fazíamos ficarão para sempre com o teu nome...<br />Dedicaste-te à pintura, às artes decorativas, aos lavores, tricotaste camisolas para nós que escolhíamos em revistas e em tudo isso ficou marcado a reverência dos teus gestos, o toque especial que nos fazia adivinhar que tinhas sido tu a criá-los.<br />Sempre foste sensível e atenta às pessoas que te rodeavam e também ao Mundo com o teu espírito crítico apurado… e até houve um dia em que decidiste consertá-lo um bocadinho à tua maneira, ao candidatares-te a Presidente da Junta… Lembras-te?<br />E o que muitos fazem pelo jogo do poder, tu fizeste-o por convicção e altruísmo. Para mim, foste a verdadeira vencedora porque afinal quem perdeu não foste, definitivamente, tu.<br />Valorizo também saberes ter esperado pelo “momento certo” e teres tido a coragem de saíres da tua zona de conforto e segurança, fechares a tua lojinha e seguires o teu desejo, a tua vontade… e sujeitares-te a ser “emigrante” aos 45 anos, por Amor.<br />E hoje, sei que amaste e foste amada. Tiveste um homem que te tratou com uma dedicação extrema, como tu o merecias, é certo, mas como poucos o faziam… e que está a sofrer desmesuradamente com a tua partida… Estamos todos!<br />E quando a doença chegou soubeste imediatamente aceitá-la… Nunca te vi revoltada…apenas com receio… mas a coragem faz-se também de medo, caso contrário chamar-se-ia inconsequência ou irresponsabilidade!<br />Querida tia, foi doloroso ver-te partir aos poucos…<br />Foi difícil ter conhecimento de inúmeros casos de sucesso, olhar-te nos olhos e eles gritarem que estavas gravemente doente e que não havia nada a fazer… quantas vezes o meu desejo e imaginação se converteram em raios de luz que aniquilavam essa massa negra que lavrava na tua cabeça, sem pedir licença nem autorização…<br />Foi difícil agarrar as lágrimas à tua frente pois se elas aparecessem seria uma prova de que também nós tínhamos perdido a esperança…<br />Foi difícil continuar a sorrir para ti, quando a certeza de que te íamos perder começou a percorrer-nos nas veias…<br />Foi difícil suportar a impotência de não te conseguirmos ajudar… e cuidar de ti foi a única forma que arranjamos para expressar e materializar o nosso Amor.<br />Querida tia, como disse Saint-Exupery <em>“agora que partiste, nunca mais nos vamos separar”</em>. O teu corpo atingiu o seu limite mas continuarás viva dentro de nós, em cada detalhe.<br />Obrigada por teres existido!<br />Obrigada por teres tocado a nossa vida e os nossos corações.<br /><br />Sofia<br />10/12/08 </div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-91961107935503117692010-04-17T23:08:00.010+01:002010-10-08T02:45:35.248+01:0010 Palavras...<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMzH6QQR07CBngi2fA-0EEBvDaHiLjeH0if7WW3AC2xUO1Xtj5qSsnCdqzK5exJZaAdGLZPxwtN9lAwGQxsQpeUbwx7jsgpnk3QYhUGWDKgQCtNs3oBXc1GoHYwoAFj3CKOH1MFA4YpwE/s1600/petalas.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461234714919283618" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 168px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMzH6QQR07CBngi2fA-0EEBvDaHiLjeH0if7WW3AC2xUO1Xtj5qSsnCdqzK5exJZaAdGLZPxwtN9lAwGQxsQpeUbwx7jsgpnk3QYhUGWDKgQCtNs3oBXc1GoHYwoAFj3CKOH1MFA4YpwE/s200/petalas.jpg" border="0" /></a><br /><em>A Natália Rodrigues pediu-me dez palavras, baralhou-as e escreveu este texto lindo acerca de mim...<br /></em><br />Naquela noite deitei-me tarde.<br />Adormeci olhando o <strong>crepúsculo</strong> pela janela do meu quarto.<br />E enrolada na minha coberta <strong>violeta</strong>, deixei-me levar pelas <strong>asas</strong> da noite.<br />Todo o meu dia havia sido <strong><strong>desconcertante</strong></strong>, tantas coisas por resolver, tantos assuntos por concluir, tantas respostas por dar, tantas palavras entaladas na garganta, tantos suspiros retidos, tantos desejos por realizar.<br />Deixei-me levar, derrotada pelo cansaço, ao encontro do mundo onde nada controlamos.<br />Ao encontro do lugar onde tudo se pode desfazer, com um abrir de olhos.<br />Ao encontro do espaço onde tudo cabe, e onde nós cabemos de qualquer forma.<br />Onde os perigos só duram horas, onde a vida só dura minutos, onde a morte é só uma ilusão, onde tudo tem um significado que não significa nada.<br />Deixei-me levar porque precisava muito abandonar a minha história, a <strong>reverência</strong> dos meus actos, e encontrar a <strong>sintonia</strong> dos meus passos.<br />Deixei-me levar porque senti que ficar comigo mais um instante seria demasiado penoso, para que pudesse suportar.<br />Adormecer naquela noite era o meu maior <strong>desejo</strong>.<br />E nesse intervalo entre a vida que dorme o tempo de acordar, ouvi o <strong>sussurro</strong> da noite.<br />Foi o som mais doce que alguma vez escutei.<br />A minha pele arrepiou-se, a minha alma estremeceu.<br />De onde poderia vir um som, capaz de fazer sentir a sua falta logo á chegada?<br />Embrulhada na manta violeta, não devo ter conseguido movimentar o meu corpo do mesmo jeito que estremeceu o meu espírito.<br />Mas no mundo da noite, enquanto planamos no vazio, tudo é possível.<br />E o sussurro continuou, tornou-se então em linguagem e esforcei-me para o entender, concentrei-me mais, e para o fazer em vez de fechar os olhos, abri o coração.<br /><strong>Pétalas</strong>… pétalas…<br />Pétalas?!<br />Deixei-me levar pelo ténue toque desse expirar da noite, e repeti vezes sem conta: pétalas.<br />E nessa noite em que depois de um dia desconcertante, desejei adormecer enrolada na minha manta violeta e entrar em <strong>sintonia</strong> com alguma coisa que me desse conforto, que nutrisse o deserto que sentia por dentro.<br />Nessa noite em que nas asas do sono abandonei a reverencia e fiquei sem jeito no meio da cama olhando o crepúsculo.<br />A noite em que ouvi o<strong> sussurro </strong>mais doce que algum dia imaginei existir, conheci o poder das pétalas.<br />Todas juntas formam uma flor.<br />Só uma é leve e frágil, voa com o vento, pisa-se sem querer, todas juntas são uma obra da natureza.<br />Pétalas, também somos nós. Sozinhos, não somos quase nada e juntos, ocupamos um planeta.<br />Todos os nossos problemas são os problemas do mundo, são capítulos de uma história que escrevemos juntos há muito mais tempo do que nos é possível recordar.<br />Não vale a pena, querer ser só uma flor sem perceber a beleza da pétala, nem querer ser só uma pétala sem perceber a beleza da flor.<br />Não vale a pena, pensar que somos únicos, sem perceber que é a diversidade que nos torna assim.<br />Não vale pena nada, senão soubermos render-nos á insignificância de aceitar que somos a pétala que faz a flor, que faz o jardim, que faz a natureza, que liga tudo.<br />Pétalas. Atiram-se no dia do casamento, decoram os bolos, fazem perfumes, atiram-se no dia da nossa partida.<br />E eu que estava tão revoltada, com um nó por desfazer, rendi-me ao sussurro, e senti a beleza de ser como uma pétala.<br />Quando acordei, estava feliz.<br />Afinal mais importante do que resolver tudo o que havia deixado, foi o facto de eu ter ganho um novo propósito: ser a flor da minha vida.<br />Procurar em cada pessoa o espaço para me encaixar e ajudar a criar a mais bela flor desse momento.<br />Deixar-me render pela insignificância, fez de mim uma pessoa muito mais forte. Muito mais completa.<br />Fez de mim uma pétala fascinada pelo jardim onde vivo.<br />Natália Rodrigues<br />Abril 2009<br /><br /><em>Obrigada, Natália! ;-)</em></div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-33283580371014463392010-04-15T20:56:00.007+01:002010-10-08T02:46:20.597+01:00Não te vou procurar...<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid8PnEEWr2NULGH4XgqPImJbmtaP68Cuf5S8asFQuvRvPVSLu3TYzVXCBLsVbq2pM55l5JsrBZiuEGI5kYb_QIBfvhzJfILibKEWv3qQsghKw-H1pT3prWvagdscgA7ymH7PDWmNuAmK4/s1600/janela.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460456780267143522" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 146px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid8PnEEWr2NULGH4XgqPImJbmtaP68Cuf5S8asFQuvRvPVSLu3TYzVXCBLsVbq2pM55l5JsrBZiuEGI5kYb_QIBfvhzJfILibKEWv3qQsghKw-H1pT3prWvagdscgA7ymH7PDWmNuAmK4/s200/janela.jpg" border="0" /></a> Querido R.<br /><br />Foste tão importante para mim que não consigo ter maus pensamentos a teu respeito…<br />E prefiro pensar que viajaste, que estás incontactável e que estas partículas que existem no silêncio talvez cicatrizem a minha dor até à extinção da lembrança ou me devolvam uma explicação lógica em que consiga acreditar.<br />Sempre analisaste a realidade de forma exímia e cheia de discernimento….e eu não me apercebi de era um assunto proibido fosse falar dos teus gestos e do que eu sinto /senti perante eles.<br />Senti a tua falta, a tua indiferença a tua ausência nos momentos presentes e quis falar-te disso… com a esperança que a nossa estrutura fosse inabalável, com a esperança que lesses a realidade e a verdade com os meus olhos, com a esperança de que quando dizias que éramos almas companheiras fossem para valer, com a esperança de que as mensagens que me enviavas a meio da noite quando estavas meio embriagado fossem verdadeiras. Mas tu sacudiste-me, sentiste que fui inconveniente, que invadi o teu espaço e por isso despachaste o assunto com a facilidade de um gesto mecânico. Não quiseste sequer discutir e eu cheguei a pensar que as pessoas que discutem têm a sorte de terem alguém do outro lado aflito por expor outro modo de leitura, ainda que os argumentos sejam descabidos ou soem a falso… e por isso, eu teria preferido ter discutido a sentir que a nossa amizade (ou o fim dela) fosse comparada a uma embalagem descartável e resolvida de forma civilizada.<br />E sabes o mais curioso? Não me arrependo… não me arrependo porque agi de coração, porque não consigo fingir que está tudo bem para evitar conflitos, porque se não te mostrasse o quanto me estavas a magoar estaria a trair a transparência que sempre tive contigo.<br />E percebo que os amigos são as pessoas que escolhemos e a quem confiamos o código secreto da nossa conta emocional. Num segundo eles podem fazer um desfalque, num segundo eles podem depositar uma fortuna. O mais importante é termos capacidade para confiar de novo o código, mesmo que traga risco associado e pior que uma quebra emocional é um coração enrijecido.<br />Fazes-me falta! Mas não te vou procurar…não por alimentar orgulho desmedido…(se sempre te expus as minhas fraquezas e fragilidades porque me armaria em forte, logo agora?!!) mas porque abalaste a confiança de tudo o que vivemos e do lugar que te concedi.<br />Não te vou procurar… porque sei que não vou encontrar o que perdi!</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-432864492437307742010-04-11T18:04:00.007+01:002010-10-08T02:47:11.016+01:00Arte poética por José Luis Peixoto<div align="justify">Ao inaugurar o meu blog não posso deixar de partilhar o meu poema preferido... é lindo, brutal e lê-se sofregamente:<br /><br />"o poema não tem mais que o som do seu sentido,<br />a letra p não é a primeira letra da palavra poema,<br />o poema é esculpido de sentidos e essa é a sua forma,<br />poema não se lê poema, lê-se pão ou flor, lê-se erva<br />fresca e os teus lábios, lê-se sorriso estendido em mil<br />árvores ou céu de punhais, ameaça, lê-se medo e procura<br />de cegos, lê-se mão de criança ou tu, mãe, que dormes<br />e me fizeste nascer de ti para ser palavras que não<br />se escrevem, lê-se país e mar e céu esquecido e<br />memória, lê-se silêncio, sim, tantas vezes, poema lê-se silêncio,<br />lugar que não se diz e que significa, silêncio do teu<br />olhar de doce de menina, silêncio ao domingo entre as conversas,<br />silêncio depois de um beijo ou de uma flor desmedida, silêncio<br />de ti, pai, que morreste em tudo para só existires nesse poema<br />calado, quem o pode negar?,que escreves sempre e sempre, em<br />segredo, dentro de mim e dentro de todos os que te sofrem.<br />o poema não é esta caneta de tinta preta, não é esta voz,<br />a letra p não é a primeira letra da palavra poema,<br />o poema é quando eu podia dormir até tarde nas férias<br />do verão e o sol entrava pela janela, o poema é onde eu<br />fui feliz e onde eu morri tanto, o poema é quando eu não<br />conhecia a palavra poema, quando eu não conhecia a<br />letra p e comia torradas feitas no lume da cozinha do<br />quintal, o poema é aqui, quando levanto o olhar do papel<br />e deixo as minhas mãos tocarem-te, quando sei, sem rimas<br />e sem metáforas, que te amo, o poema será quando as crianças<br />e os pássaros se rebelarem e, até lá, irá sendo sempre e tudo.<br />o poema sabe, o poema conhece-se e, a si próprio, nunca se chama<br />poema, a si próprio, nunca se escreve com p, o poema dentro de<br />si é perfume e é fumo, é um menino que corre num pomar para<br />abraçar o seu pai, é a exaustão e a liberdade sentida, é tudo<br />o que quero aprender se o que quero aprender é tudo,<br />é o teu olhar e o que imagino dele, é solidão e arrependimento,<br />não são bibliotecas a arder de versos contados porque isso são<br />bibliotecas a arder de versos contados e não é o poema, não é a<br />raiz de uma palavra que julgamos conhecer porque só podemos<br />conhecer o que possuímos e não possuímos nada, não é um<br />torrão de terra a cantar hinos e a estender muralhas entre<br />os versos e o mundo, o poema não é a palavra poema<br />porque a palavra poema é um palavra, o poema é a<br />carne salgada por dentro, é um olhar perdido na noite sobre<br />os telhados na hora em que todos dormem, é a última<br />lembrança de um afogado, é um pesadelo, uma angústia, esperança.<br />o poema não tem estrofes, tem corpo, o poema não tem versos,<br />tem sangue, o poema não se escreve com letras, escreve-se<br />com grãos de areia e beijos, pétalas e momentos, gritos e<br />incertezas, a letra p não é a primeira letra da palavra poema,<br />a palavra poema existe para não ser escrita como eu existo<br />para não ser escrito, para não ser entendido, nem sequer por<br />mim próprio, ainda que o meu sentido esteja em todos os lugares<br />onde sou, o poema sou eu, as minhas mãos nos teus cabelos,<br />o poema é o meu rosto, que não vejo, e que existe porque me<br />olhas, o poema é o teu rosto, eu, eu não sei escrever a<br />palavra poema, eu, eu só sei escrever o seu sentido."<br /><br />in "A Criança em Ruínas"</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3305616670452618879.post-70305411528658299882010-04-11T17:18:00.004+01:002010-10-08T02:47:52.274+01:00...Finalmente!<div align="justify">Ao escrever este texto cumpro não só uma resolução para 2010 mas acima de tudo um desejo de há muito tempo. Hoje senti o impulso do começo e acordei com vontade de ouvir a voz do Eddie Vedder na banda sonora do Into the Wild… talvez por isso, o alinhamento dos planetas esteja favorável! :-)<br />Aos 33 anos a memória já falha, os acontecimentos sucedem-se desenfreadamente sem termos tempo para os absorver pelo que tenho esperança que este blog sirva não só de backup das minhas vivências, como também seja uma “alfândega” que possibilite resgatar memórias, depurar os momentos, analisá-los com reverência e talvez descobrir-lhes um nível de entendimento e profundidade maiores.<br />Sei que a escrita liberta… sei que após o seu registo em papel (já sei, vou ter de na habituar a escrever directamente no pc!) os acontecimentos ficam mais suaves e mais resolvidos. Por isso, espero que a escrita flua e que consiga alcançar “a força secreta das palavras”… não por pretensão mas por conseguir ir ao encontro do meu Ser através deste “veículo”.<br /><br />Tenho receios…<br /><br />- que seja mais um projecto que não conclua;<br />- que fique “viciada” e que viva virtualmente a realidade; que deixe de “respirar” os momentos com a pressa de os registar num post (à semelhança de turistas que sacam fotos em catadupa sem sequer contemplarem o monumento);<br />- da exposição e da falta de mistério… ainda que os conteúdos obedeçam a critérios de forma a proteger alguma privacidade;<br />- que as minhas palavras possam causar incómodo ou má interpretação a pessoas amigas<br /><br />…mas mesmo assim quero arriscar!<br /><br />Espero que este blog seja, acima de tudo, um espaço de partilha em que, por breves instantes, consiga fazer <strong>sorrir</strong>… pela partilha da cumplicidade, por despertar uma lembrança, por inspirar!<br /><br />Por isso vou inaugurar o primeiro post… e deixar fluir! ;-)<br /><br />Até porque…<br /><br /><em>“Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.”</em> Miguel Sousa Tavares</div>Sophiehttp://www.blogger.com/profile/06974654548699895170noreply@blogger.com0